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Contém spoilers de toda a saga Star Wars.

‘Star Wars: Ascensão Skywalker’ chegou aos cinemas para finalizar uma das maiores sagas do cinema de todos os tempos. Teve, também, o difícil compromisso de encerrar o arco dos quatro novos personagens principais: Rey, Poe, Finn e Kylo Ren.

Kylo Ren começou a trilogia como um garoto mimado. Quando as coisas não saiam como planejado, ficava nervoso e destruía o que estivesse em sua frente. De inicio eu não gostei nem um pouco desse tipo de comportamento e fiquei com o olho torto para ele. Porém, todo aquele visual, a máscara, capa, o sabre de luz, a inspiração no visual de Vader, e o poder que ele possui me fizeram focar nesse aprendiz sith extremamente poderoso e com um potencial incrível.

Ao longo da trilogia vamos entendendo o porquê de Ben Solo ter abandonado o treino com seu tio, Luke Skywalker, e ter caído na tentação do lado sombrio. É importante analisar que, mesmo tendendo ao lado sombrio, Kylo não queria estar em segundo plano, ele queria liderar sozinho e governar sozinho, acabando com os Jedi e com os Sith, quase como uma representação do balanço na força.

Logo nas primeiras cenas do episódio VII é possível observar como esse vilão é extremamente poderoso ao parar um tiro de blaster e deixá-lo ali, imóvel, até sair de cena. A força nunca foi apresentada dessa maneira ao longo dos filmes, e essa demonstração me deixou perplexo. Ao decorrer de ‘Star Wars: O despertar da força’ vemos novos poderes sith, como o novo truque mental de extração de informações utilizado pelo cavaleiro de Ren contra a protagonista, Rey.

Que Kylo Ren é um personagem extremamente poderoso nós já sabemos, mas porquê ele é o melhor personagem da nova trilogia de Star Wars? Simples, ele foi o personagem mais bem desenvolvido por J.J Abrams e Rian Johnson (‘Star Wars’ episódios 7 e 9, ‘Star Wars’ episódio 8 respectivamente).

Poe e Finn saíram de A para B de uma forma simples.

Finn era um Stormtrooper que se rebelou e fugiu, nos episódios 7 e 8 ele não queria lutar contra o império no inicio e no final acaba quase morrendo pra salvar Rey e seus companheiros. No episódio 9 ele serve somente para soltar algumas frases de efeito, além de tirar soluções do bolso na melhor maneira “Deus ex machina”.

Poe é um piloto exemplar e líder de operações dos rebeldes nos três episódios, tendo seu passado pouco mais explorado no episódio 9, mas sem muito aprofundamento.

Rey evoluiu bastante; deixou de ser ninguém pra ser uma Palpatine e no final das contas se declarar Skywalker. A evolução dos poderes dela é bem notável, assim como a trama da personagem, que amadureceu bastante. O que faltou pra Rey foi o que colocou o Kylo (Ben) como melhor personagem na minha opinião, os diálogos fortes e a atuação impecável que passou todos os sentimentos pro telespectador.

Os diálogos ao qual me refiro são bases fundamentais para entendermos o que passa na cabeça do personagem. O primeiro deles é com Snoke, onde o cavaleiro de Ren entende que precisa realizar sacrifícios para estar completamente do lado sombrio da força. Ainda no episódio 7, Kylo tem um diálogo incrível que é completamente espelhado no episódio 9, mostrando o início e o fim de um ciclo do personagem. Esse diálogo é com seu pai, Han Solo, e a atuação de Adam Driver entrega tudo que é necessário em ambas as cenas.

Além dos diálogos, a divisão moral que o personagem passa ao decorrer dos filmes foi muito bem explorada. A tentação do lado sombrio contra a paz que vem da luz, o medo, o ódio e, no final das contas, a serenidade que ele alcança, foram muito bem demonstradas graças a atuação incrível e o desenvolvimento do personagem previsto no roteiro e nenhum outro personagem foi tão bem incorporado e desenvolvido nas telas ao longo dessa nova trilogia.

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Kylo Ren. Foto divulgação propriedade Disney.

@tuliogama


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