The Batman | Análise da “nova versão” do morcego
Ontem (3) foi o dia da estreia oficial do novo filme do cavaleiro das trevas. Estrelado por Robert Pattinson e contando ainda com Zoë Kravitz, Paul Dano, Colin Farrell, Jeffrey Wright, Andy Serkis, John Turturro e muitos outros rostos conhecidos, The Batman trouxe uma nova versão do vigilante de Gotham ainda em seu segundo ano como o morcego e num papel mais de detetive investigador do que o clássico brutamontes caçador de criminosos que conhecemos (apesar de ainda termos ótimas cenas de trocação honesta, o bom e velho cinco minutinhos perdendo a amizade).
Não só por um estilo de filme diferente que tende mais para um thriller investigativo do que uma ação pura, a própria construção do personagem e sua personalidade mais sombria deram ao novo filme um aspecto diferente das versões anteriores. Além disso, duas características sobre essa nova versão de Batman se destacaram durante o filme.
Um Batman mais inexperiente
Divulgação: Warner Bros.
A trama do filme se passa durante o segundo ano de atuação do morcego de Gotham, que ainda busca se adaptar às suas novas responsabilidades e aprender a como realizar seu trabalho. Por esse motivo, já era de se esperar uma certa inexperiência do cavaleiro das trevas e o filme soube trabalhar isso muito bem, nem deixando essa característica apenas subentendida, nem escancarando demais.
Os mais atentos devem ter percebido durante o longa algumas “falhas” do vigilante, seja durante algumas de suas lutas em que ele aparece apanhando mais do que o normal (mas vamos dar um crédito, porque quase não vimos lutas 1×1, a maioria era o Batman contra vários, grande desvantagem), seja em sua falta de planejamento para fazer algumas coisas – invadir um local, seguir um suspeito, etc. – ou em uma das cenas que mais me chamou atenção (tentarei não dar nenhum spoiler sério, mas se não quiser arriscar pode pular para o próximo parágrafo) durante a perseguição de carro que já havia aparecido no trailer, em algumas sequências o personagem de Pattinson parece inquieto e hesitante, quase que com medo dos obstáculos que apareciam à sua frente.
Vale lembrar que todo esse comportamento é intencional e faz parte da construção do personagem, o objetivo era realmente apresentar um Batman mais inexperiente que ainda está começando sua “carreira”. Talvez exatamente por esse motivo essa seja a versão do morcego que mais se adequa ao ideal do “herói mascarado”, assim como dito por Christian Bale em seu terceiro filme: “A ideia era ser um símbolo. O Batman podia ser qualquer um.”
Um Bruce Wayne frio e amargurado
Divulgação: Warner Bros.
Outra mudança muito clara é a personalidade Bruce Wayne. Enquanto nos filmes anteriores já tinham acontecido algumas pequenas mudanças, saindo do mulherengo e extravagante Bruce de Bale para o mais recluso de Ben Affleck, o personagem sempre manteve uma ligação com a comunidade de Gotham e uma vida social bem ativa porém, na interpretação de Pattinson, Wayne parece ter sido extremamente impactado pela morte dos pais e acabou se tornando um homem frio e amargurado.
Isso refletiu não só no próprio Bruce, que não é mais o filantropo como normalmente é descrito, mas também no Batman, que desta vez está muito mais sombrio, quase perdendo seu lado humano e que vê tudo e todos mais como uma missão do que a pessoa por trás a qual ele está ajudando.
Robert Pattinson fez um trabalho primoroso não só por sua atuação em si, mas também ao trazer todas essas mudanças ao personagem de forma magistral. Sua atuação também foi muito alavancada pelas participações de Zoë Kravitz no papel de Mulher-Gato e a excelente performance de Paul Dano como Charada. Se quiser saber mais sobre o filme, confira também a nossa crítica.
E aí, já viu o filme? Gostou de ver Pattinson como o novo morcego? Deixe nos comentários!
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E para todos os nerds, geeks e otakus que leram até aqui, o meu muito obrigado e até a próxima!