A HIERARQUIA DE PODER MUDOU! | Crítica Adão Negro
Depois de 15 anos de muita luta e dedicação, Dwayne ‘The Rock’ Johnson finalmente realizou seu (nosso) sonho e entregou a belíssima obra intitulada “Adão Negro”.
Nota: 8/10 Morsas

A JORNADA DE TETH ADAM
Assim como toda boa história de herói, Adão Negro começa com uma boa jornada. E mesmo que simples, o roteiro consegue entregar bem o background do anti-herói, mostrando os motivos que levam Teth Adam (Dwayne Johnson) a conquistar o poder dos deuses, e explica o porque de ele ser quem é. A construção do personagem ficou muito bem amarrada no roteiro, e o The Rock, carismático que só, entregou também na atuação.
E quando falamos em filme de herói a primeira coisa que pode vir a cabeça é o CGI e as lutas computadorizadas, que existem sim, mas estão bem longe de se parecerem com o “fracasso” que a concorrente anda entregando em produções recentes. Tanto o CGI para encolher (sim, eu disse encolher) o protagonista, quanto o CGI dos demais personagens, estão IMPECÁVEIS. Nenhum defeito visual te tira da ação, e a fotografia do filme ajuda muito, com takes bonitos que me fizeram por diversas vezes pensar “eu quero essa cena de wallpaper do PC”.
Ponto pra DC!

A partir daqui a crítica contém SPOILERS! Leia por sua conta e risco.
O roteiro, apesar de simples e sem muitas reviravoltas, deixou a desejar no quesito profundidade. ‘Adão Negro’ é um personagem profundo e temos sim um vislumbre disso nas telas, mas a Sociedade da Justiça é pouquíssimo explorada e, o elo principal que liga Adão ao plot do filme, eu se quer me recordo o nome, de tão raso.
Consigo entender que a proposta não era formar um universo particular dentro de 2 horas de filme, mas são tantas cenas de ação em uma narrativa tão simples, que o foco acabou ficando disperso e, personagens que são sim importantes, se tornaram rasos.
E quando eu digo que é uma narrativa simples, eu digo REALMENTE simples. A trama do filme parte de A até B sem muito esforço, com ajuda de flashbacks para contextualizar as escolhas do personagem principal sem precisar se preocupar com o mundo ao redor, mas sempre sendo fiel a proposta e, por isso, tá tudo bem.
Por fim, senti falta de entender um pouquinho mais sobre a mitologia do filme. Quem são os magos Shazam? Quem é Sabbac e porque ele é tão perigoso? Doutor Destino?
O filme é sim nichado, mas nem por isso tem que partir do pré suposto de que todo mundo que é fã da DC vai conhecer Sabbac, e não teria problema algum dedicar 3 minutos do filme para explorar os magos e explicar quem é o demônio, dizendo em uma frase quem são e de onde no universo eles vieram.

THE ROCK É O CARA
Por fim, voltamos ao ponto principal: É um filme com a proposta de ser uma introdução a um personagem, e eu não posso dizer que ele não cumpre seu papel. Se você não conhecia a pessoa MAIS PODEROSA do PLANETA, agora você conhece.
E digo mais, a partir desse filme, finalmente entendemos que, nas telonas, outros personagens ainda estão no jogo, e isso fica ainda mais claro ao vermos Amanda Waller (Viola Davis) e Emilia Harcourt (Jennifer Holland) encabeçando a divisão de segurança do planeta contra super-pessoas, além de pôsteres, gibis e brinquedos de heróis da “Liga da Justiça“.
“Adão Negro” deixou um gostinho de quero mais, com cenas de ação impecáveis, um CGI lindo e uma boa história de (anti) herói. Sem mencionar a cena pós créditos, que me deixou arrepiado por cerca de 15 minutos.
Esse filme MERECE ser assistido na MAIOR tela possível, com um som de QUALIDADE, porque ele entrega TUDO o que promete… e mais!
Nota: 8/10 Morsas